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marina

Minha primeira crise mais forte, onde fui diagnosticada com transtorno bipolar foi em 2007, eu tinha 17 anos, estava fazendo cursinho, eu já tinha prestado administração e estava estudando pra tentar uma pública, mas eu sentia que não era o que eu queria; em uma conversa na classe uma amiga falou que tinha passado em nutrição, mas queria medicina.

 

Aquilo entrou tão forte em mim, que eu deveria prestar nutrição, que tinha tudo a ver comigo. Só que eu fiquei preocupada com isso, não estava conseguindo dormir, eu já estava bem alterada, minha prima me emprestou o dvd daquele filme "Quem somos nós", e eu me identifiquei com os personagens e na minha cabeça eu tinha entendido tudo, "o segredo do universo", mas eu fiquei muito assustada, porque eu vi que eu não era normal. Detalhe, isso era meia noite de um domingo. Surtei total, comecei a gritar, meus pais acordaram assustados, eu queria ajuda, queria ir ao médico, aí fomos para o pronto socorro, me sedaram e eu tinha umas percepções muito estranhas, eu senti a medicação entrando na veia, coisa que eu nunca tinha sentido antes.

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            Essa primeira crise foi bem longa, ninguém sabia o que era e nem o que fazer. Quando fui diagnosticada e o psiquiatra receitou vários remédios, houve um conflito porque meus pais queriam que eu tomasse e na época a meus tios eram bem contra medicação, tinham uma outra visão em relação a tudo isso, então eu não queria tomar.

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            O que me ajudou muito essa época, a família da minha melhor amiga é espírita, trabalhava no centro e me levaram no centro que frequentavam, meus tios por parte de mãe também são espíritas. Tinha muita coisa espiritual envolvida, eu estava com o campo muito aberto, com a ajuda deles eu dei passagem para muitos espíritos sofredores. Mas não teve muito jeito, eu tive que ser internada. Mas me ajudou muito, eu estava me sentindo muito presa em casa. Conversei com outras pessoas, fiz amizades, tomei as medicações e consegui melhorar. 

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            O centro que a família da minha amiga frequentava era kardecista, que não aceitava a incorporação de entidades da umbanda. A senhora que trabalhava de faxineira na casa da mãe da minha amiga, incorporava uma preta velha, a mãe Gabriela, e me ajudou muito.

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Depois de tudo o que aconteceu comigo, a mãe dessa minha amiga, montou um grupo de estudos, que virou uma casa espírita de amor e luz e graças à colaboração de muitos voluntários ela está cada vez maior e ajudando cada vez mais pessoas.

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            Hoje também trabalho na casa e estou desenvolvendo minha mediunidade, pois sinto que é bem forte e vou conseguir ajudar muita gente, e esse é meu objetivo de vida, ajudar o máximo de pessoas possível.

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            Minha tia montou o Alma Bipolar que agora é o Repensando a Loucura que também me ajuda muito e ajuda muitas pessoas.

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            Eu sofri muito com tudo o que eu passei, antes eu me revoltava, mas agora que tenho uma compreensão maior, sei que estamos aqui para um propósito maior.

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